Dia 12/11/08 (quarta a tarde) a ALERJ derrubou por 48 votos favoráveis e nenhum contrário, o veto do Governador Sérgio Cabral ao projeto de Economia Solidária apresentado em 24 de abril de 2006.
A partir de agora, o projeto se transforma em Lei e será publicado no Diário Oficial - DO, dentro de uma semana. O Dep. André Correa e sua assessoria foram procurados e esta sendo negociado um encontro da Comissão que acompanha a tramitação e o novo colegiado da Secretaria executiva do FCP para a próxima semana, onde irão discutir sobre os próximos passos.
Foi contatado também, Léo do Egito, reforçando para que ele possa estar acompanhando mais de perto todo processo.
Marcos Arruda, do PACS alerta para as tarefas, entretanto, que serão grandes:
* mostrar na prática que a Economia Solidária visa ser, de fato, Socioeconomia Solidária ou uma Economia Responsável, Plural e Solidária;
* mostrar na prática que não é nem será somente "uma economia dos pobres", e sim um novo sistema socioeconômico pós-capitalista; para isso, devemos dialogar e atrair o mundo das cooperativas cada vez mais para perto e para dentro da SES;
* ampliar e aprofundar nosso trabalho de formação-educaçã o cooperativa e solidária, para termos pessoas com uma visão e uma competência cada vez amplas e profundas;
* ampliar e aprofundar as práticas de SES nos campos centrais de atividade: consumo consciente, frugal, visando uma vida integral e de qualidade; produção autogestionária e planejada de modo democrático; trocas solidárias; finanças solidárias e moeda social;
* precisamos de uma Casa da SES no Rio e noutras cidades do estado, como polo irradiador, espaço de trocas solidárias e centro de educação solidária;
* investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao bem estar humano e social e concebidas para a sustentabilidade ecológica;
* pensar noutras legislações a elaborar e aprovar, que consolidem o setor de economia social solidária, ao lado dos setores estatal e privado; tais leis teriam que lidar com a política fiscal, com as compras governamentais, com as regulações dos fluxos de capitais no estado, com o conceito e a prática do desenvolvimento no estado, com a incompatibilidade entre projetos de desenvolvimento local autogestionário e solidário, e megaprojetos globais corporativos autoritários, como é o projeto de Complexo Siderúrgico em Sepetiba (CSA - ThyssenKrupp/ Vale, Gerdau, termoelétrica a carvão mineral, altamente poluente, etc.);
* estabelecer uma nova carta de princípios da SES para o ERJ, que seja também um Código de Ética para guiar o comportamento dos diversos atores e cadeias de valor da SES;
* desenvolver uma estratégia de construção de redes de colaboração solidária no ERJ, capaz de ampliar sempre mais a organicidade da SES e sua capacidade persuasiva a fim de agregar sempre mais atores à nossa esfera sistêmica de relações socioeconômicas solidárias;
* aos que se interessem, precisamos desenvolver um sistema de trocas de reflexão e práxis da espiritualidade relacionada com uma Economia Responsável, Plural e Solidária; estou disposto a colaborar nisto a partir de 2009.
Abaixo a Mandala da SES, que busca sintetizar e articular os diversos órgãos que compõem do grande organismo da SES, incluindo o seu valor central (o indivíduo social, ou o ser humano-relação) , os campos especificamente econômicos (consumo, produção, trocas e finanças), os campos conexos (das esferas objetiva e subjetiva) e os valores, orientando este conjunto para o objetivo maior que é o desenvolvimento integral, autogestionário, solidário e sustentável da pessoa e da coletividade humana.
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