segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Prédio carbono neutro é lançado em Copenhague

A 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15) têm causado diversas consequências em todo o mundo, mesmo antes de ser realizada. Exemplo disso foi a inauguração do primeiro edifício carbono neutro da Dinamarca, no dia 20 de outubro. O prédio, que está localizado na Universidade de Copenhague e será um espaço de serviços para os estudantes, foi construído em virtude do evento e não emite nenhum CO2 na atmosfera.


Segundo os organizadores da iniciativa, o objetivo da construção foi contribuir com a redução dos gases causadores do efeito estufa, além de estimular o debate sobre como vencer os desafios climáticos e conscientizar os cidadãos sobre o problema e suas soluções.

O prédio foi construído em menos de um ano em uma parceira entre as Universidades de Copenhague e da Dinamarca, as empresas Velux e Velfac e a prefeitura de Copenhague. A planta e o planejamento arquitetônico foram feitos pela Hellerup Byg, Christensen & Co. Arkitekter e COWI.



Alta eficiência, pouca tecnologia
Apesar da tendência mundial de utilizar tecnologias de ponta como aliadas no combate ao desperdício de energia, o Green Lighthouse deve 75% de sua eficiência energética apenas aos aspectos arquitetônicos da obra. Essa vertente da arquitetura preza por soluções simples, baratas e eficientes, como uso de iluminação natural e sistemas de resfriamento e aquecimento inteligentes.

A ventilação do interior do prédio começa pelas portas de entrada e segue até as saídas no teto da construção, criando um canal de vento capaz de resfriar todo o ambiente. Essas mesmas saídas servem como entradas de luz que, auxiliadas pelas dezenas de janelas espalhadas por toda a lateral, inibem o uso de energia elétrica durante o dia. À noite, a iluminação é fornecida por lâmpadas LED de alta eficiência.

Essas lâmpadas, assim como os equipamentos eletrônicos utilizados dentro do prédio, são abastecidas com eletricidade proveniente de um conjunto de painéis solares instalados no telhado inclinado. Além disso, as janelas e portas possuem sensores que recuam suas aberturas automaticamente para minimizar os efeitos do sol e reduzir o calor no edifício. Uma bomba de calor geotérmica ajuda a aquecer e resfriar o prédio sem agredir o meio ambiente.

Em entrevista ao site Inhabitat, o arquiteto responsável pelo projeto, Michael Christensen, afirmou que está orgulhoso do feito. “O fato de reduzirmos 75% do consumo apenas com o desenho arquitetônico mostra que a sustentabilidade não é uma questão de encher o prédio com equipamentos caros e high tech, mas de se basear no bom e velho senso comum”, opina.

O espaço será destinado aos alunos das universidades, que poderão usufruir de um centro de aconselhamento de carreira, lounge e áreas de estudo, escritórios de administração e um clube para alojamento de cientistas.

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