Foto de agosto de 2009. Praia de Bat Yam, próxima à Tel Aviv, em Israel. Moradores da cidade de Tulkarem, localizada em território palestino, tiveram permissão do exército israelense para entrar no país por um dia e ir à praia pela primeira vez.
21/12/2010
EFE - ESPAÑA
Ana Cárdenes
Jerusalém, 21 dez (EFE).- Em poucas semanas, dois países latino-americanos reconheceram os territórios palestinos como Estado soberano e independente, enquanto outros anunciaram que o farão em breve e cinco estudam adotar a mesma medida, transformando a América Latina no novo legitimador da região perante o mundo.
O respaldo hispano-americano chega em um momento crucial, com as negociações de paz interrompidas há três meses, a contínua expansão das colônias judaicas em solo palestino e a busca por parte da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) de novas opções para conquistar a independência diante do pouco êxito de um processo de paz que já dura 19 anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro a adotar a medida no último dia 3, enviando uma carta ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na qual reconhecia o Estado palestino com suas fronteiras de 1967 (prévias à guerra dos Seis Dias e que incluem a Cidade Antiga de Jerusalém).
Três dias depois, a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, fez o mesmo e, um dia mais tarde, o Executivo uruguaio de José Mujica anunciou que seguiria os mesmos passos no próximo dia 7 de janeiro.
Na sexta-feira passada o presidente da Bolívia, Evo Morales, também declarou que esta semana faria o reconhecimento formal da Palestina como Estado independente e soberano.
Fontes da OLP disseram à Agência Efe que o Equador também adotará a medida nos próximos dias, enquanto "Paraguai e El Salvador estão a um passo de fazê-lo e o Peru também cogita sua adesão".
No Chile, país que acolhe a maior diáspora palestina fora do mundo árabe, vários deputados apresentaram uma moção pedindo que o Palácio da Moeda aprove o reconhecimento do Estado Palestino, embora ainda seja necessário vencer a reticência do Governo de Sebastián Piñera a fazê-lo conforme as fronteiras de 1967.
A Venezuela já havia reconhecido os territórios palestinos há anos, visto que Hugo Chávez é um dos seus principais apoiadores da criação do Estado.
Dois países reticentes a apoiar publicamente os palestinos são a Colômbia, que depende muito da ajuda militar israelense, e o Panamá, cujo presidente, Ricardo Martinelli, qualificou Israel como "guarda de Jerusalém" há alguns meses, o que criou um sério mal-estar no mundo árabe.
"O reconhecimento da fronteira de 1967 é uma resposta da comunidade internacional para salvar a solução de dois Estados e lembrar a Israel que no século XXI as fronteiras se definem pelo direito internacional e não por colônias", disse à Efe o porta-voz do departamento de Negociações da OLP, Xavier Abu Eid.
A América Latina "tem uma conexão muito forte com a Palestina, historicamente em nível político e social e com este passo importante está colaborando com a paz no Oriente Médio", acrescentou.
Na semana passada, Abbas pediu à chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que a União Europeia também reconheça em bloco o Estado palestino.
E aqui vocês assistem a algumas imagens de manifestações pelo mundo em favor dos palestinos.
por Jacob Blinder
http://www.youtube.com/watch?v=tF8FFueCiJY&feature=player_embedded
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http://www.youtube.com/watch?v=BNMRQpMZG84&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=of9dBwsIHuA
http://www.youtube.com/watch?v=AbLpDIlkw00&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=sCK0XCyOPig&feature=related
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